As únicas páginas do Evangelho...

Não precisamos ter medo das pessoas que pensam diferente de nós. A diversidade não é uma ameaça, mas uma riqueza. Penso que muitas vezes impomos fronteiras no diálogo por medo de perdermos nossas convicções. Se é assim, então essas convicções não têm consistência. Melhor mesmo é usufruir da arte e da sabedoria de aprendermos a ouvir as pessoas. Quando há reação contra os valores que vivemos e expressamos, é porque, talvez, haja motivos para essa atitude. Condenar nunca edifica! Escutemos as críticas dos outros e saibamos com sabedoria e inteligência dizer o que pensamos e no que acreditamos, conscientes de que isso não é tão fácil, mas salutar, necessário. As pessoas precisam e querem o Bom, o Belo, a Vida, ou seja, querem a Deus, mas nem sempre sabem expressar a melhor maneira de reclamar isso para suas vidas. Nas reações deve haver sempre uma leitura preciosa das entrelinhas. O desejo de Deus está escrito no coração do homem. Todos queremos ser felizes, por isso temos que ter a coragem de propor o Evangelho, de forma atraente, conquistadora, não impondo, "exigindo conversão" dos outros. Uma coisa é certa: as pessoas estão muito atentas ao nosso modo de viver e agir. Há uma necessidade quase que desesperadora por testemunhos, por exemplos de vida. Para muitos que cruzam o nosso cotidiano ou participam, de alguma forma, de nossa convivência, seremos as únicas páginas do Evangelho acessíveis a elas. Não é fácil a fidelidade, mas a graça de Deus é o nosso fundamental auxílio. Estamos sempre a escolher outra vez a vida nova para partilhá-la aos outros! Não tenhamos medo!
Ant. Marcos - novembro de 2010

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