Deixar-se ser feliz...

A canção “Ilusão” de Marisa Monte é simplesmente genial, uma aula de terapia, de reflexão e de verdade. A ilusão, segundo ela, é uma realidade com a qual não soube o que fazer e dela se desfez porque não se deixou tentar vivê-la feliz. A única coisa que se sabe é que ela se foi, porque a deixou ir, embora fosse tudo o que queria! A ilusão se transformou em um dos seus reais desejos, mas não há certeza de tê-la outra vez. A única certeza é que não me deixei ser feliz!

Entendo que o contexto da letra da canção não fala apenas do amor a dois, mas de tudo aquilo que deixamos ir porque não sabemos o que fazer e não nos deixamos amar. O que fazemos do abraço, do perdão, do sorriso, do estar com o outro, da gratidão, de nossa família, das coisas simples da vida? Como diz um conhecido autor: “Gasta-se mais energia pra ser infeliz do que feliz!” ou da letra de Dilsinho: “Prefiro ser feliz do que ter razão!”. Não percamos as oportunidades pra felicidade que se faz na cotidianidade da vida. Aproveite incondicionalmente a vida que se chama hoje!


Ant. Marcos

Medos inevitáveis...


Algumas inspirações, se expressas, são denúncias a si mesmo, mas podem significar um ato de coragem e liberdade. As canções costumam fazer isso com suas melodias e letras inspiradas ou que apenas traduzam o contexto da vida. Nossos medos não devem nos aprisionar, mas nos fazer refletir. Portanto, não tenho medo de dizer que já fui tão corajoso ao seu lado, mas hoje eu tenho medo que você se aproxime apenas para dizer que está mais forte sem mim. Não tenho medo de recomeçar, de seguir os passos sem você, mas tenho medo que eu demore a te esquecer, enquanto você se encante com o novo e descubra aí a melhor forma de superar os medos de ontem. Medos infantis, talvez, medos ingênuos, medos inevitáveis!

Ant. Marcos 13/7/2018

Let's Go!


Meninos de vida e esperança
Na hora do confinamento e da previsível morte
só queremos ter uma outra oportunidade,
queremos viver outra vez!
O sentido da vida nunca será o mesmo depois
do resgate da existência, mesmo com uma jovem idade.
O coração sempre entende o que é a vida!
O amor venceu, a humanidade os achou
e a vida prevaleceu.
Quando os contextos os assolarem
lembrem sempre que dizer a si mesmos: vamos!
"Levantai-vos, vamos!", disse Jesus aos discípulos.
Acolhamos a nova oportunidade que a vida nos dá!

(Sobre as Crianças resgatadas em uma Caverna na Tailândia)

Ant. Marcos - 10/7/2018

Olhando pra Lua Cheia...



28 de junho de 2018 marcou o meu retorno à Planilha de Treino para os próximos 21k. Depois de 20 dias sem correr devido um acidente com motocicleta (não grave), pensei que demoraria mais tempo voltar, mas, para a minha surpresa, o “processo de cicatrização tem sido mais rápido do que imaginei”. Nesse intervalo ainda teve os 21k da Meia Maratona do Eusébio-Ce, dia 24 de junho. Enquanto corria fui surpreendido pelo nascimento da Lua Cheia, simplesmente linda, misteriosa e inspiradora! As voltas anti-horários me permitiam contemplar aquela maravilha! No entanto, a Lua Cheia dura um pequeno espaço de tempo e cada volta de 2k me permitia vê-la em outro ângulo mais distante do seu eixo de nascimento. Ela parecia voltar ao seu estado original. E pensei: é assim a nossa vida! Precisamos sempre voltar ao nosso estado original e tocar outra vez na nossa essência. A Lua vai continuar sempre linda, mas ela passa por fases, e elas não são permanentes. Uma inspiração equanto me concentrava no treino. Um retorno bem surpreendente pelos seus detalhes. E foram 14k para 04:29 (Pace). Vamos adiante!  

Ant. Marcos

O processo de cicatrização...


Interessante! Às vezes ficamos surdos e distraídos, fixados em nossas perdas e na nossa dor. E quem nunca viveu isso ou nunca viverá? Um acidente comigo recente (junho de 2018), enquanto guiava um motociclo, causou escoriações dolorosas, mas nada grave, graças a Deus. Foi tudo de repente, inesperado!  Outro dia eu pensava na vida e nas minhas escoriações e disse pra mim mesmo: não posso cavar, retirar a “casca”, não posso interferir no processo de cicatrização, apenas tomar o remédio e esperar. E constatei: é assim em outros contextos da vida! O processo de cicatrização nem sempre depende de nossas forças, apenas da indispensável colaboração e paciência. Se não se ajudar a pessoa sofre duas vezes mais e a cicatrização vai demorar, porque a casca vai ser arrancada e novamente o sangue vai escorrer. Sinceramente, pode ser um absurdo e uma ignorância minha – e peço perdão a Deus por isso -, mas eu penso que algum recado Deus precisava me passar e eu estava fixado na minha dor, cavando a ferida! 

Antonio Marcos

A palavra que integra...



É mais fácil ensinar e aconselhar o outro. É mais fácil colocar na própria vida esses mesmos conselhos. Mas “a palavra nos prova”, como aprendi um dia com uma das minhas mestras da palavra, o que nunca me fez esquecer. Lavar as mãos com a própria palavra é trair a consciência e mendigar um caráter que só é possível conseguir e construir com um determinado tempo. É mais gratificante e mais feliz quando a palavra é fruto de uma experiência de vida pela qual passamos. O mínimo esforço para viver o que se prega é algo que integra, fortalece e humaniza. A palavra sem vida, sem coerência e sem concordância nos desintegra. Conhecemos de longe uma vida que aprendeu da arte de sua palavra uma forma de viver e conjugar os contextos, mesmo levando em conta suas fragilidades. Que a palavra em nós seja sempre expressão de vida e salvação. 

Antonio Marcos