Janelas...


São possibilidades que talvez não as precisasse tanto no dia de ontem..., ou achasse que não... Janelas podem ser recomeços, criatividade, dinamismo... Janelas, hoje me são mais perceptíveis, por isso, sensivelmente mais constantes, mais palpáveis, mais gente. Janelas estão presentes, mas surgem também involuntariamente, e quase sempre depois das horas do silêncio. Janelas, elas chamam sempre pelo meu nome, o que me convence de que estão conectadas com a minha história. Elas cantam quase sempre a mesma canção filia. Então não há acidente, não há um milagre, mas uma história continuada. Debruço-me nelas e vejo o desconhecido, encanto-me de novo, apaixono-me. Janelas são decisivas, instigantes, desafiadoras, são pessoas. Janelas, sei, ainda me falam de riscos, de salto, de afrontamento. Janelas... é o amor, é a amizade, é Deus, é vocação. Janelas, sim, ainda é você..., você mesmo! Janelas sou eu! Janelas... 
Ant. Marcos

Os amigos e os poetas

“Estou alegre a o motivo beira secretamente a humilhação...” (Adélia Prado). Os poetas têm mesmo essa extraordinária sensibilidade e capacidade de nos colocarem diante dos nossos sentimentos. Eles não são divinos e nem suas palavras são “reveladas”, mas nascem de um profundo senso existencial, de um cotidiano vital. Aliás, dizem que somos todos poetas, é que uns são vocacionados a este serviço à humanidade, outros poetizam apenas para si mesmos. O fato é que estou alegre e o motivo beira secretamente a humilhação ou, hermeneuticamente, consista naquela extraordinária capacidade de rirmos de nós mesmos, como os próprios poetas da filosofia dizem: “Vá com calma, não leve a vida assim nesse rigorismo todo. Temos horas demais para com as quais temos de usar de seriedade, mas, em outras, vale um pouco de risos e descontrações, inclusive quando o contexto exige muito desgaste emocional”. Obrigado poetas e poetisas! Ah, já ia esquecendo: alguns amigos são tão parecidos com os poetas, obrigado também a vocês! 
Ant. Marcos