Encontros..., e divisas...


Disseram-me um dia: “Amigo, estamos nadando na superficialidade dos pensamentos e nos arvorando do direito de dizer e escrever o que bem entendemos”. É óbvio, escreve-se o que pensa, mas se o pensamento está embebido de paixões tortuosas, essas linhas não edificarão, não construirão possibilidades, não marcarão ponto de encontro, mas de divisas. Palavras sábias as de Drummond: “Convive com teus poemas, antes de escrevê-los. Tem paciência, se obscuros. Calma, se te provocam. (...) Cala-te, espera, decifra. As coisas talvez melhorem. São tão fortes as coisas!” (A Rosa do Povo, 1945).
Ant. Marcos

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