Obrigado João Paulo II, obrigado Moysés!


Os primeiros anos da juventude decorreram com uma intensa procura pela felicidade, digo, por um sentido existencial que desse rumo, contorno e realização aos meus anseios mais profundos. Digo sempre que a Crisma foi o momento decisivo na minha vida, pois tudo mudou dentro de mim. Alguma coisa me deixou mais inquieto e sedento de Deus, e sabia que se tratava da ação do Espírito Santo. Quando Ele encontra espaço dentro de nós logo acontece um derramamento, uma efusão, uma obra nova. Tal inquietação me levou à experiência com a espiritualidade da Renovação Carismática e em seguida ao retiro de carnaval chamado Renascer, promovido pela Comunidade Católica Shalom, 1995. Foi lá que fiz o meu Seminário de Vida no Espírito Santo e foi selado para sempre em mim a certeza de que nunca seria feliz sem Jesus Cristo. Onde quer que eu fosse ou decisão tomasse, Jesus precisaria ser a “pedra Angular” da construção. Mas lembro que quando cheguei ao Renascer no primeiro dia, estava começando a pregação sobre o amor de Deus. O pregador era um jovem um pouco magro, mas de uma empolgação impressionante e falava com autoridade, com paixão, com sedução. Logo me certifiquei que se tratava do Moysés. Tudo o que falou ali transformou muita gente, especialmente quando nos relatou do amor que João Paulo II tinha pelos jovens. Disse ainda que ele os olhava como Cristo olhou e amou o jovem rico. Fui pego com a primeira isca, pois sedento estava o meu coração para deixar Jesus ser definitivamente o meu sentido de vida. Claro que a gente às vezes é muito resistente e quer se entregar por partes. É evidente – como sei até hoje – que isso é mesmo paralisante, temos de vencer esta tentação do medo de dar-se completamente aos desígnios de Deus. Pois bem, nesse contexto, lembro que o Moysés - já coordenando a oração - proclamou o seguinte: “Aqui se encontra um jovem que teve uma experiência na sua infância de ter “sido olhado por Jesus” e aquela imagem nunca saiu da sua memória. Pois saiba que foi Jesus que te trouxe aqui e que ele quer transformar a tua vida”. Imediatamente a imagem dos olhos do papa e sua benção me veio na lembrança de quando tinha 6 anos e comecei a chorar descompensadamente. Jesus me revelava ali, depois de anos, que era ele na pessoa do papa e que me olhou com amor e predileção. Eu e Cristo voltávamos a nos ver, agora mediado pela oração e pessoa do Moysés. Bendito seja Deus que faz tudo concorrer para o bem dos que o amam. Nós podemos até esquecê-lo, mas Ele não se esquece de nós. Seu olhar de misericórdia e predileção nos alcança porque sua bondade excede nossas fraquezas. Era Jesus no papa João Paulo II quando me olhou naquele encontro nada extraordinário, o que parece algo tão óbvio, mas na verdade sinalizava o começo de uma amizade que desejo muito nunca chegue ao fim. Obrigado João Paulo II, obrigado Moysés! 
Ant. Marcos – Páscoa de 2011     

0 comentários:

Postar um comentário