Perseguindo a felicidade...



É muito importante aprender que a vida é mesmo um contínuo recomeço na fé, no amor e na esperança. Tal recomeço não é uma quebra do “fio existencial”, daquele plano amoroso e originário de Deus para nós chamado felicidade. A felicidade deve ser perseguida mesmo quando dizemos que somos felizes, pois, afinal, “cada dia nossa carne deve desejar o Deus vivo”, como assim canta o Salmista. 

Cada dia os homens de fé colocam seu coração nas linhas da meditação da Palavra de Deus e escutam seus segredos. Cada dia a promessa precisa soar nos ouvidos e nos escombros de nossos destroços. É assim a dinâmica e o mistério do amor. Cada dia os amantes se redescobrem, os amigos se procuram, os corações se encontram. O amor não é rio congelado, então, como deixar que a vida assim o seja? O que é estar bem? Será apenas satisfazer uma pergunta que parece – em alguns - esconder uma não identificação com o mistério do outro e por isso não haver compromisso com a resposta? O que é estar bem? É mais do que palavras, não é aparência, muito menos prazeres palpáveis.

A felicidade deve ser perseguida sempre! A felicidade verdadeira se identifica com vidas autênticas, com existências que sabem que sua completude está para além do que os outros possam nos dar ou negar, aprovar ou reprovar. Os que estão realmente próximos ao nosso coração sabem que aprender a amar é aprender a perder, e perder sem “se perder” não é pra qualquer um, mas pra quem se aproxima, mesmo que lentamente e limitadamente, daquela “lógica do amor divino”: o silêncio do Cristo se tornou confusão para os que amam defender a auto-imagem, suas glórias e títulos; sua condenação foi celebrada; seu fracasso e “intranquilidade” na cruz significaram que, de certo modo, o mal tem seu tempo de destruição, sua força, sua vitória;. Mas não quero “esta vitória”, absolutamente nunca! A verdadeira vitória é a de Jesus Cristo, é a do Amor. 

Prefiro a intranquilidade da cruz, exposto pela verdade, do que a contrariedade do coração quando pensa existir “uma paz” que emana do mal. Prefiro a intranquilidade da cruz! Então estou, perceptivelmente, dizendo-te meu estado existencial: perseguindo a felicidade, não às apalpadelas, porque há uma luz na estrada do coração e da alma que o mal nunca vencerá em mim: a certeza de ser amado por Deus e de que Ele é a minha felicidade, absoluta felicidade!

Ant. Marcos -
2017

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