"Memória feminina", memória de amor...

Costumamos falar da "memória feminina", ou seja, muito mais que uma sensibilidade ao simples ato do lembrar as coisas, pessoas e situações, mas aquela profunda conexão que elas, as mulheres, fazem entre coração e ação, corpo, mente e alma. Por isso, quando amam, nunca fazem em pedaços, mas por inteiras. Quando "se decepcionam com alguém", quando se sentem feridas, tudo é tão dolorido, porque tão interno, tão existencial, tão palpável... Na manifestação da dor ou da alegria, tudo é vivido com todo o ser, intensamente. Daí que quando usam a "memória feminina" para evidenciar o "óbvio", o que para elas já é esperado pelo coração, não estão procurando evidência, mas celebração do detalhe, do cuidado, do amor, da gentileza, do respeito, da fidelidade, da amizade, do amor partilhado e celebrado. Esta "memória feminina" tem mesmo a ver com a natureza de Deus, pelo menos na sua dimensão mais positiva: "O Senhor se lembra sempre da aliança!", reza o Salmista (104/105). Não sei exatamente o porquê desta relação que acabo de fazer, mas creio que Deus deseja que não esqueçamos que sua memória de amor vê o detalhe, por isso Ele cuida de nós na dor e na alegria, no ontem, no hoje e no amanhã. "Memória feminina", memória de amor, amor humano, amor divino, amor de salvação.

Ant. Marcos

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