Atraídos pelo bem...


Nossos espaços na mídia dizem muito sobre nós, desde que sejamos sinceros, embora haja sempre a inevitável necessidade de sermos prudentes com aquilo que é público. Afinal, gente pra fazer o mal é o que não falta, infelizmente, sobra até! Mas quero dizer que muita gente se aproxima, ainda que com curiosidade, para descobrir o que de bom existe em nós e o faz atrair, o que às vezes nem mesmo percebemos. Essas pessoas acabam enxergando valores em nós que as edificam. E se aproximam, querem simplesmente ter acesso ao nosso coração, sonhos, alegrias, desejos... Elas querem a Deus, querem a felicidade! Esta aproximação nem sempre é possível pela convivência, o que não quer dizer que não haja uma identificação com o outro e uma correspondência de sentimentos e valores que nos unem. Dentro do dom do amor fraterno e da fé vivemos a comunhão dos santos. Quem faz o bem tem o seu coração como um imã, atrai o que é bom. Mas, misteriosamente, muitas vezes o Mal também é atraído, porque as pessoas seduzidas pelo Mal não tiveram aniquiladas o desejo mais íntimo da luz, da verdade, do amor de Deus. Tem gente que chega querendo mudar, querendo também ver a luz que nos ilumina. Tem gente que chega simplesmente como lobo quando chega à pastagem: entra devagar e espera o momento certo de destruir e matar. Não podemos fazer acepção de pessoas, a gente apenas usa os critérios acessíveis dos próprios valores que contornam nossas opções e ações. O bem em nós tem necessidade de comungar com o bem do outro. Bem sabemos que o joio e o trigo crescem juntos e, de início, nem sempre é fácil de identificar. A convivência é para nós o que é o tempo da espera para o agricultor. O bem e o mal crescem com características bem distinguíveis. Isto fica claro na hora da colheita! As adversidades, as contradições, a dor, o sofrimento, o fracasso, as quedas, tudo isso é o momento que remexe a terra, é a nossa hora da colheita. Necessário é fazer novas opções! Não ter medo de “romper laços” que não nos edificam, que não comungam com nossos valores e sonhos é necessário. Ou mesmo ter a coragem de continuar o nosso caminho, ainda que sozinhos. Necessário ainda é não ter medo de esperar o tempo de Deus e não o tempo de quem acha que tem “o tempo certo” para nós, simplesmente porque diz respeito aos seus interesses. A felicidade é uma comunhão de vontade entre Deus e o homem. Também é assim na odisseia das relações humanas. Não falo de uniformidade de vontade, mas de identificação com o outro, comunhão de vida e coração, o que permite duas vontades opostas conjugarem harmonia, um querendo que o outro seja feliz sem deixar de ser quem somos. Então, que cheguem e sejam bem vindos os que são atraídos pelo bem em mim. Tamanha é a minha responsabilidade: devo lhes dar o Bem, que é Deus mesmo! E, quando não dou, sou o primeiro a agir como o lobo. Não dar Deus às pessoas é a nossa própria destruição!
Ant. Marcos   

0 comentários:

Postar um comentário