Não sei explicar...


Não me perguntem. Não sei explicar essa compulsão pela esperança, ainda que tenha me feito companhia na alma quase que como amigos sem sono em terraços noturnos a tão amada “donzela do pai seráfico”, a pobreza da alma, o desalento. Não me perguntem. Não sei explicar o sorriso apesar das agruras, o sentar para brincar com os pedacinhos do brinquedo espalhados pelo chão... Não me perguntem. Não sei explicar, eu estou feliz porque aprendo a prova das palavras, o preço das convicções, a força da fé e a linguagem da noite em que existe muito barulho, uma fogueira que aquece do frio desesperador, uma sentença, o medo, um amor não sustentado. Não me perguntem a compulsão e as razões para permanecer esperando aquele olhar, aquele olhar somente, porque mesmo aparentemente separados, permanecem unidos no coração... Não me perguntem...
Ant. Marcos

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