Somente hoje...



A segunda opção da 1ª Leitura deste último dia do mês de maio, Festa da Visitação de Nossa Senhora, é tirada de Rm 12, 9-16b, um texto de incomparável riqueza ao falar do amor fraterno, da afeição que devemos ter uns para com os outros e do exercício daquelas virtudes que não podem faltar na fraternidade: a atenção, o zelo, a hospitalidade, a oração (inclusive pelos que nos perseguem), o dom de se alegrar com os que se alegram e de chorar com os que choram. E a vivência desses valores não obedece a fronteiras. Se o sofrimento da pessoa humana onde quer que ela esteja nos atinge, muito mais os que pertencem a nós pelos vínculos do amor fraterno. Da mesma forma aqueles que nos perseguem, necessariamente não precisam estar na convivência, o mal também tem suas teias, infelizmente. Mas quero mesmo é falar deste amor ao próximo de que nos motiva e nos capacita a Palavra de Deus. O amor fraterno comporta a necessidade de ser vivido de forma radical no hoje, na brevidade que se chama “agora”. As linhas de Santa Teresinha muito falam por nós: “Para amar-Te, ó meu Deus, saber que neste mundo, só tenho hoje, somente hoje”. Maria corre às pressas, quer partilhar as graças de Deus com sua prima Isabel. Nada é nosso, tudo é graça de Deus! E somos devedores do amor aos outros! Isabel acolhe Maria, dá-lhe hospitalidade, e juntas celebram as maravilhas de Deus. O amor partilhado é “epifania”, Deus presente no hoje da vida do outro.
Ant. Marcos

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