Porção imersa em medos e desejos...


Em visita à Exposição “Mestres e Aprendizes”, do Curso de Belas Artes da Universidade de Fortaleza (UNIFOR, maio de 2011), encontrei dentre as obras de Arte um texto de “Bethania Maranhão” (Auto Retrato – Metal e Imã), por sua vez rico de literatura, de arte e de expressão do ser, de sentimento, de ausências e presenças, o que muito falou ao meu coração, do meu coração.

“Nada do que eu fale sobre mim mesma me revelará por inteiro. Eu sou o meu sol. Sozinha não me basto... nem me completo. Sou a soma de pedaços formados pelos amigos, família, amores e vivências. Sou a verdade que passo adiante. Sou o que espero de mim e o que esperam de mim. Sou plural. A única coisa constante em minha vida é a experiência. Mas é preciso aprender a reconhecer quando um ciclo se fecha e outro capítulo começa. Cada mudança me torna mais rica, porém menos única. A cada dia a soma das minhas paixões, dúvidas e alegrias me tornam um ser singular, onde me divido para novos anseios. O espelho, os olhares e as convivências podem dizer um pouco do que sou, mas a parte que melhor me define é aquela que revelo de mim mesma. E essa porção, imersa em medos e desejos vai surgir quando a Arte explodir em mim. Então, passarei a viver em um delírio infinito”.

Ant. Marcos – maio 2011


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