Estejas no meu caminho...


O mistério pespassou o tempo e nunca descobrimos realmente o que Jesus escrevia com o dedo no chão quando lhe trouxeram aquela mulher pecadora (cf. Jo 8,1-11). Descobrir este segredo foi um tema de labuta dos exegetas e escritores espirituais ao longo dos séulos até nós. Alguns interpretaram que aquelas palavars no chão se tratavam dos pecados dos que queriam apedrejar a mulher adúltera. Entretanto, o que sabemos ao certo é que ela era culpada e merecia – mediante a “pesada Lei” que movia sua Sociedade e a Religião -, ser punida por seu pecado, o contrário de Susana, a israelita inocente salva por Daniel (cf. Dn 13, 41ss) O escândalo do flagrante e a humilhação pública já eram demais, ainda assim ela não foi poupada pela justiça religiosa dos homens. Acontece que jamais ela esperava ser absolvida, se regenerada, abraçada, amada e perdoada, exatamente ali, aos olhos de todos. “Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra” (Jo 8,7). Diante das inesperadas e desconcertantes palavras de Jesus os acusadores se retiraram. Diante de Jesus restou unicamente a pecadora humilhada e a misericórdia de Deus. Um encontro de salvação, um mistério de amor. Senhor, estejas sempre no meu caminho quando “os dedos da minha consciência e do julgamento dos homens” me acusarem de que sou digno da morte.
Ant. Marcos -  útlima semana da Quaresma 2011

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