O amor não é cálculo...

Quantas pessoas me levam a ser melhor sem que o saibam disso, e não fazem coisas extraordinárias, muito menos chamam a atenção para si, apenas fazem da sua vida uma relação de amizade com Deus, “querem corresponder ao amor de Cristo por uma vida santa”. É certo que trazem em si uma beleza interior e, não obstante suas fraquezas e limitações, gostam muito do sorriso, dedicam-se à caridade fraterna e andam de mãos dadas com o entusiasmo concedido pela fé e conversam sempre com a esperança. São pessoas, algumas delas amigos e amigas, que despertam em mim aquela santa inquietação e salutar necessidade de progredir. Alguns até chamam isso de “santa inveja”, o sentimento que provoca em nós os virtuosos, se é que podemos falar assim. O fato é que gosto da “ação de quem corresponde” porque implica uma resposta, uma ação da liberdade, um querer, um desejar. Isso abre a porta do coração para a ação da graça que “não quer nos salvar sem a nossa colaboração”. Ah, quantas pessoas, se eu fosse contá-las... Na verdade, já não seria virtude, porque “o amor não é contabilizável”, diria Teresinha do Menino Jesus. O amor não é cálculo, é celebração e gratidão!
Ant. Marcos – março de 2011

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