Minha Quaresma

Estava pensando nesses dias que deveríamos rezar mesmo pelas pessoas que nos pedem oração, ainda que uma oração simples e mínima. Como Igreja é maravilhoso perceber que nós rezamos juntos a pedir que Deus nos conceda a maior de todas as graças: “progredir no conhecimento de Jesus Cristo” (Oração do Dia, 1º Domingo da Quaresma). Gosto da palavra “progredir” porque implica processo que comporta tempo, passos, quedas, recomeços e decisões. Importa que o desejo da amizade com Jesus não cesse em nós e que possamos dar passos. Também quando rezamos pelos outros precisamos esperar que eles “progridam”, não como queremos ou desejamos, mas como Deus permite segundo a abertura do outro. Progredir implica paciência, e paciência pede amor. Só o amor é capaz de esperar contra toda desesperança. Só amor não sufoca o passado, nem condena a pessoa que o viveu, utiliza-o como “escola para o hoje” na esperança de um progresso a caminho do amanhã.
Minha Quaresma decorre especialmente na vivência desta súplica: “Concedei-me, ó Deus, a graça de progredir na amizade com Jesus, na correspondência ao Seu amor por uma vida santa”. Se eu for santo, os outros serão melhores! Mas não peço somente por mim, mas por tantas pessoas que sei que precisam ou que se recomendaram às minhas orações. Ultimamente as pessoas têm me pedido muito que reze por elas, e não posso deixar de ver isso como uma missão que Deus me confia. Portanto, quero rezar pelas pessoas, porque isso me faz ter esperança de que o amor e a providência de Deus têm a última palavra em suas vidas. Quero ser como as mãos do sacerdote, partilhar aos outros o maior tesouro que tenho: Jesus Cristo.
Feliz Tempo da Quaresma!
Ant. Marcos – Cinzas, Quaresma de 2011

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