Jardim

Tenho olhado minha querida mãe nesses últimos dias e tenho desejado tanto amá-la mais através do cuidado! O corpo vai dando sinais de cansaço e suas dores parecem me deixar inquieto, impotente, e sei que não posso ter medo, mas se o tenho, por que temê-lo? Eu quero estar aqui, precisava estar aqui, e não há coisa mais importante do que estarmos ao lado de quem amamos na hora de sua dor! Por que ainda quero pensar que os acidentes nos surpreendem cegamente como se não existisse um fio condutor? Mas, estou pensando isso? Sim, os que creem também tem seus momentos de dúvida, de incertezas, de perguntas. Os que creem também precisam de alguém que lhes diga: amigo, coragem, confiança, fé! Agora me lembro bem de uns poucos meses atrás quando uma “pequena amiga” passou a me dizer: “tenha fé, vai dar tudo certo!” Isso é lindo, é Igreja, é comunhão, é aquela contínua necessidade da consciência de que “somos pó, frágeis” e que não se trata de ser “ondas ao vento”, de ter as convicções na inconsistência, mas, penso eu, são as experiências do jardim: “Minha alma está triste..., permanecei aqui e vigiai comigo” (Mt 26, 36-40). Obrigado amigos, Deus me ensine a “estar com vocês”, ainda que pelo coração, em seus jardins!  
  
Ant. Marcos – 16 de março de 2011

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